Trinta e quatro municípios pernambucanos são cortados pela ferrovia.
G1 encontrou canteiros abandonados e muitas dúvidas dos moradores
Em São José do Belmonte, os trilhos cobertos por pedras servem de estrada para moradores.
(Foto: Katherine Coutinho/G1)
(Foto: Katherine Coutinho/G1)
Há três trechos ainda em obras. Em um deles, entre Salgueiro e Suape, são previstos 306 quilômetros em obras, estando prontas atualmente 55% da infraestrutura, 53% das obras de arte especial e 35% da superestrutura.
"Suape receberia grandes navios, que fariam o transbordo para navios pequenos e outros modais, e a ferrovia é um dos fatores determinantes. Não existe no mundo um grande porto sem uma grande ferrovia", aponta o secretário de Desenvolvimento Econômico do estado, Márcio Stefanni.
O secretário informou que, ano passado, Suape bateu o recorde de movimentação de cargas, com 12,8 milhões de toneladas. A expectativa é que a ferrovia aumente essa circulação. "Junto com a Refinaria [Abreu e Lima, obra da Petrobras], essa quantidade subiria, inicialmente, para 30 milhões de toneladas", afirmou.
Abandono
A obra da Transnordestina estava orçada inicialmente em R$ 4,5 bilhões, mas o último reajuste fez o orçamento chegar a R$ 7,5 bilhões. O cenário geral é de abandono, com as pessoas podendo chegar junto aos trilhos e canteiros de obras, todos paralisados.
Inicialmente, a ferrovia seria construída pelo governo federal, mas, por falta de verba e outros entraves, o projeto foi entregue para a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), que criou a empresa Transnordestina Logística S.A. (TLSA) para ser concessionária da obra. O governo federal então firmou compromisso de garantir financiamentos de bancos e órgãos públicos. Já os estados envolvidos ficaram responsáveis pelas desapropriações.
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